12.2.07

HÁ SAÍDA
Há várias formas de se perder. Quando pequenos, perdemo-nos de nossas mães no shopping ou no mercado. Perdemo-nos nas matemáticas ginasiais. Alguns, no limite, perdem-se para o crime. Mas isso é absurdo. De tantas formas pelas quais podemos perder o rumo, esquecemos das melhores.

Esquecemo-nos de que é possível cair nas entrelinhas do tempo e do espaço. Nos pensamentos que nos fazem sonhar. Nas melhores formas de se encontrar um mundo de infinitas possibilidades. Mas, ainda por cima, temos de lidar com fatores de interferência. Ninguém nos ensinou a sonhar melhor. Então, essa descoberta cabe somente a nós. Isso pode querer dizer que é urgente uma renovação da identidade. Logo, seremos capazes de sonhar os melhores sonhos.

Como você quer que seja seu dia?

“E notei a vida
Um segredo, fundamento
Ter os olhos de curinga
Perguntar com dissonância
Procurar sempre a saída
Não se acostumar”

A Fabulosa Banda do Curinga – Ás de Copas

7.2.07

AMOR QUÂNTICO
Quero um amor quântico. O quê? Eu explico.
Quero um amor quântico. Que respeite as leis. Que seja entrelaçado. Que seja sobreposto. Que contemple as infinitas possibildiades e que nada que existe possa dizer o contrário. Quero um estado transcendental da existência que não precise de provas. Um amor capaz de esvaziar o cinzeiro para sempre. E manter o copo cheio, haja o que houver. Não que me faça alguém melhor, mas que ascenda a chama da vontade de ser melhor, para fazer merecer. Que abra as portas do infinito, porque o amor merece o infinito.

5.2.07

PALETÓ
É exatamente esse tipo de coisa que desafia os limites do exagero. Não posso, dessa vez, ser explícito a respeito de quem escrevo. Mas isso por questão de justiça e preservação do ecossistema em que vivo. De qualquer forma quero dizer a você o que houve com meu paletó nesta manhã de segunda-feira.
Certa amiga minha sentiu frio em razão do ar-condicionado da sala de aula. Aparentemente desregulado, a temperatura estava abaixo do ideal. Ela vestiu meu paletó para normalizar a situação. Eu achei ótimo. Ao contrário dela, eu não estava com frio; mais que isso, é sempre um prazer ajudar.
Entretanto, e o perfume? Eu digo: de arrebentar! Suave, elegante e em acordo com a beleza da perfumada. É verdade que estou absolutamente entorpecido pelo perfume. E tenho que viver com isso no dia de hoje. Mas não é justo? Acho que sim. É muito justo que ao menos eu possa ter o prazer do perfume, já que não tenho direito a muito mais que isso. É uma pena que exista a hipótese de que poucas pessoas aproveitariam tanto esse perfume assim como eu.
Ao menos, certamente, mereci ter uma noção mais detalhada das sensações que circundam a amiga em questão. E por mais que seja minimamente dolorosa a convivência com esse perfume, é também justo que eu retribua essa experiência tão interessante. Por isso - e digo diretamente a ela - obrigado pelo meu paletó.