26.11.06

Estrelas
Estrelas, sempre dançando com a lua.

25.11.06

A Morte
A morte vem em doses homeopáticas.

15.11.06

Lugar Paralelo
O mundo físico é vasto e nele há portas de todos tipos para todo tipo de lugar. Mas há limite para a existência. Para a inexistência, entretanto, não há limite. Eu conheço um lugar na fronteira do provável com o improvável. Comigo, ingressos para o fantástico mundo imaginário.

14.11.06

A par e a ímpar...

Sim. É segunda-feira. Foi, ao menos. Às vezes a semana tem dois dias: a segunda e a sexta. Na segunda dizemos: "E lá vamos nós outra vez"; na sexta: "Finalmente". Um finalmente aliviado como se a semana tivesse durado uma eternidade, mas, na verdade, passou como um relâmpago incontrolável. O Tempo é de si próprio, acelera ou reduz-se conforme sua vontade; impressionante, de forma diferente para cada pessoa. Eu experimento três tempos: o tempo do Tempo; o tempo das coisas; e o meu tempo. O tempo do Tempo é importante. Diz quando estou novo e quando estou velho. O tempo das coisas é o tempo dos homens; segunda, terça, quarta... O meu tempo, bom, o meu tempo não é um, e sim são dois: o eterno e o instantâneo. Há momentos instantâneos como o Nescau ou Toddy espontaneamente misturados ao leite quente ou gelado. O eterno resume-se na espera. A espera eterna por qualquer dia que não sei qual é. O dia de vê-la, mesmo que não haja motivo razoável. Às vezes o tempo eterno resulta no tempo instantâneo. Espero, espero e espero. Logo, muito logo, já foi! A vi hoje e parece que foi uma eternidade atrás. Não sei ao certo o significado disso; sei que espero eternamente por um momento instantâneo. Espero por um tempo de alegria filosófica: indefinível; inesquecível; inefável.

Sim. É terça-feira. Já é, ao menos. Será o presente dia eterno ou instantâneo? Não posso saber agora. Que a vida brinque à vontade com os limites do improvável.

12.11.06

Sábado à noite: hoje
Sei que ofereci a impressão errada. Não era a intenção, mas foi o que pude dizer. Hoje é sábado e estou em casa. Isso não acontece há muito tempo, acredite. Ocorre que tudo tomou uma perspectiva diferente. Antes, eu sempre queria sair para qualquer lugar. Não hoje. Não ontem. Não amanhã. Tudo o que quero é vê-la. Beatriz. Algo novo. Difrente. A simples imagem, a simples lembrança, a simples circunstância me satisfaz.
Ela fez com que eu visse que é possível se desfazer do supérfluo. Não preciso, no fim das contas, de todo o possível. Apenas uma improbabilidade é capaz de me fazer feliz. Minha vida deu um nome à grande improbabilidade: Beatriz. Ninguém sabe da mangnitude desse nome para mim.
Entretanto, estou em casa. Aproveito a saudade. Deixo o rio correr livremente. O rio de Beatriz não passou por mim hoje. Mas eu estou bem. Porque hoje sei de algo que o samba sempre tentou ensinar. Hoje eu sei. Hoje eu sei Beatriz.
Não irei sofrer a ausência dela. Ela é o inacreditável. Ela é o inesquecível. E se não posso esquecê-la, ela está bem aqui ao meu lado. Amanhã haverá apresenentação de O Teatro Mágico. Só para loucos. Só para raros. Só para eu e ela.
Até amanhã, Beatriz.
Um beijo.

1.11.06

Finados
Sempre chove no feriado de Finados. O firmamento passa o tempo sempre em silêncio. Mas nessa época do ano, nesse particular feriado, ocorre essa ironia, essa improbabilidade. O universo também pára para chorar um dia.