12.11.06

Sábado à noite: hoje
Sei que ofereci a impressão errada. Não era a intenção, mas foi o que pude dizer. Hoje é sábado e estou em casa. Isso não acontece há muito tempo, acredite. Ocorre que tudo tomou uma perspectiva diferente. Antes, eu sempre queria sair para qualquer lugar. Não hoje. Não ontem. Não amanhã. Tudo o que quero é vê-la. Beatriz. Algo novo. Difrente. A simples imagem, a simples lembrança, a simples circunstância me satisfaz.
Ela fez com que eu visse que é possível se desfazer do supérfluo. Não preciso, no fim das contas, de todo o possível. Apenas uma improbabilidade é capaz de me fazer feliz. Minha vida deu um nome à grande improbabilidade: Beatriz. Ninguém sabe da mangnitude desse nome para mim.
Entretanto, estou em casa. Aproveito a saudade. Deixo o rio correr livremente. O rio de Beatriz não passou por mim hoje. Mas eu estou bem. Porque hoje sei de algo que o samba sempre tentou ensinar. Hoje eu sei. Hoje eu sei Beatriz.
Não irei sofrer a ausência dela. Ela é o inacreditável. Ela é o inesquecível. E se não posso esquecê-la, ela está bem aqui ao meu lado. Amanhã haverá apresenentação de O Teatro Mágico. Só para loucos. Só para raros. Só para eu e ela.
Até amanhã, Beatriz.
Um beijo.