BÊBADAS CHAMAS
Uma Homenagem à Influência de Breno, Grande Amigo
Lembrei, rapidamente, da locução encontrável nos 10 Anos de Vinícius e Toquinho, álbum de excelência inefável, em que nosso saudoso Vinícius de Moraes disse, sobre aquela amizade, que era berço das maiores alegrias.
E não é diferente, desta vez, resguardadas as proporções temporais.
As Bêbadas Chamas são aquelas de sempre, de vários dias por semana, que nos mantêm humanos. Porque, no meu caso, latente em Schopenhauer, sem elas sobra, quando muito, a crueldade e a frieza de quem não decide entre a paixão por si ou pelo mundo.
Mundo recoberto de peculiaridades, como bem disse nosso citado filósofo, pois "são demais os perigos dessa vida pra quem tem paixão".
E tanto é verdade que sempre acabamos encurralados, Breno e eu, em becos sem saída, cuja escada de emergência, rumo ao topo e à vista de todo o mundo, costuma envolver decisões da maior relevância intelectual e profética. Uma pena que algumas situações só se resolvam pela palpitologia ou confronto casuístico.
E auge do uso da lógica é seu desuso; nos algema ao mínimo de humanidade de que se precisa, se é pretensão viver em alguma paz. Aí é definitivamente o caso de citar Jostein Gaarder, que em momento de muita felicidade escreveu: "Quem quer entender o destino tem que sobreviver a ele".
Uma boa compreensão desse tema deveras obscuro pode ser encontrada em Bell Botom Blues, de mestre Eric Clapton, música em razão de que meu violão já recebeu boa cota de lágrimas.
Enquanto isso, permanecemos, em mediano desespero, "na diagonal, por certo, apoiados em algum poste recolhido de luz" (Breno Miguel).
1 Comments:
É sempre bom quando um texto desses aparece no meio da nossa tarde. Mais precisamente, às 17:21.
Abs.
Postar um comentário
<< Home