26.4.07

ANÁLISE
Mas é verdade, não é? Estou escrevendo. Neste exato momento. Nem sempre é possível dizer sobre um motivo muito claro para isso, mas ninguém pode negar que, de tempos em tempos, eu deixe no blog alguma coisa para ser lida. E é como disse ao meu grande amigo Marcelo, pouco antes de digitar essa "publicação" - para usar o termo do próprio servidor.
A contece que, na hipótese de eu começar a escrever qualquer coisa por aqui, a que falte sentido, é definitivamente o caso de se analisar o motivo que me leva a tanto. Claro que algumas questões filosóficas apararecem nessa análise. Então, como já tenho como correta a afirmação de que a filosofia é o belo instrumento para a compreensão das coisas, peço perdão ao meu outro grande amigo Pedro, por deixar de lado, bem agora, os benefícios de uma crônica, para me permitir a usar os também benéficos métodos metafísicos do entendimento.
Logicamente, é de se observar o conceito. Será que A Caixa do Meu Violão continua cumprindo sua proposta?
Claro que não! Este blog nasceu como forma hipotética de esvaziar as vivências que eu porventura deixasse de expressar e que estariam inexoravelmente armazendas na "caixa do meu violão", esperando para correr pelo mundo.
Ora, a Caixa do Meu Violão não é além do que eu sou; deixar de dizer sobre seja lá o que for que há na caixa é deixar de dizer sobre seja lá o que for que sou eu. Assim sendo, não seria errado dizer que eu sou a caixa do meu violão.
Porém, A Caixa do Meu Violão, em sendo eu mesmo, não deixaria de dizer a respeito da coisas que ela, a Caixa, armazenaria em primeiro lugar, o que seja, principalmente, o que eu guardo com cuidado nos cantos da memória.
A Caixa do Meu Violão é feita da minha própria experiência; da minha memória; do meu condicionamento; da minha compreensão sobre a ética e a origem dos valores. Então, a Caixa é a caixa dos meus valores.
Se a Caixa do Meu Violão é a personificação do que sou eu, ao contrário do que foi sugerido parágrafos atrás, ela cumpre exatamente a sua função, a saber, a de ser A Caixa do Meu Violão.
Ouso, pois, pela primeira vez, confundir-me com a Caixa, com o Violão; ouso, portanto, assinar como antes não o havia feito. Essa é a Caixa do Meu Violão, no sentido metafísico do termo.
Paulo Röhe Gianini

2 Comments:

Blogger Pedro said...

Muito bom, na lata. Ou melhor, na caixa.

Abs.

3:36 PM  
Blogger Lóri said...

Bem assim, a gente começa escrevendo sobre nada e no fim falou tudo. Assim como a Caixa cumpre sua proposta de Caixa, mesmo que não cumpra, porque na verdade cumpre sim... Ao mesmo tempo que tenho que dizer que gosto de ler o que você escreve e não comentei antes por falta de letras.
Felicidades,

11:20 PM  

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