23.4.07

O PRÓXIMO, POIS NÃO.
Para a surpresa de todos, visitei uma cigana. Tradicional; de saia vermelha e tudo. Tomou minha mão nas dela e analisou as linhas, linhas que tanto dizem que dizem muito. Após alguns minutos de apreciação, resolveu me dizer qualquer coisa que na palma estivesse escrita.
Categoricamente, disse-me que a linha da vida traçada em minha mão era muito curta. Que deveria me preparar, segurar-me, para o pior.
Tomei coragem e fiz o que minha lógica sugeriu. Peguei uma faca e aumentei o tamanho da linha. Antes, então, viveria até o mês seguinte. Agora, pelo tamanho do talho, eu viveria um milhão de anos.
Claro! Há quem diga que a vida é assim mesmo; que há o destino para que todos nós nos entreguemos a ele, como se nada fosse possível de se realizar. Mas isso não tem lógica. Porque oferece espaço para aquelas viagens convenentes: "se ele não fez nada a vida toda, esse era o destino".
Pode parar. Eu não vou ficar aqui, ao computador, conformando-me com a "conveniência do destino". Tenho mais o que fazer. Tenho A Fabulosa Banda do Curinga do meu lado.
Então, o que fiz com a faca é justificável. Eu vou viver um milhão de anos. E vou levar voçês comigo.
Agradeço ao Skuba pela idéia.
Abraços!