12.9.08

A MAGIA COMPREENDIDA EM SI PRÓPRIA
Verdade seja dita: a parte mais difícil ficou bilhões de anos atrás.
Tudo o que vem depois é de uma naturalidade tão inacreditável, que razão não há para elevar o patamar do racionalismo. Até concedo certo crédito a quem "não quer arriscar"; por justiça, não condeno quem se sujeite à perene mediocridade.
Agora, para levar a sério mesmo tudo isso aqui, temos um intrumento em mãos: a magia. Nada é o que parece. Não é a mesma coisa que dizer que as aparências enganam. Não existe a verdade pela aparência; não existe amor; não existe arte. Só a aparência resiste a ela própria; a boa e velha Sociedade do Espetáculo.
Temos uma chance: a de olhar bem ali, onde nada aparenta acontecer. Mas é dali mesmo que vai surgir algo diferente, algo interessante, irresistível.
Tudo o que há, há por mágica.
Para a Fabulosa Banda do Curinga existir, antes foi preciso criar o Universo.
O pior já passou.